Empreendedorismo no ramo de confeitaria atrai mulheres em Salvador/Ba
- engajaaiempreended
- Apr 3, 2021
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Updated: May 18, 2021
Apesar das dificuldades, mulheres buscam cada vez mais serem donas do seu próprio negócio

Por Fabíola Rodrigues
O empreendedorismo é algo em constante crescimento no país e ficou ainda mais perceptível com a crise econômica, que afetou milhões de brasileiros, deixando grande parte desempregada. A saída encontrada foi empreender e com isso, as mulheres começaram a se revelar grandes empreendedoras, organizando, criando e ganhando dinheiro nas mais diversas áreas, principalmente no ramo da confeitaria.
As mulheres começam a empreender, muitas vezes, por necessidade, para ter um complemento na sua renda, como foi o caso de Mariana Rodrigues de Assis, de 36 anos, natural do Rio de Janeiro e que há 29 anos vive em Salvador e empreende no ramo de doces, com a empresa Mari Brigadeiro. Mariana fundou a empresa há 5 anos e começou vendendo doces para os alunos da sua irmã. “Ela dava “banca” (reforço). Eu trabalhei durante 15 anos como Web Designer, em empresas de turismo, hotelaria, mas fui tendo uma “queda” nos contratos e por conta disso comecei a vender brigadeiro, só pra ter uma renda a mais”, conta Mariana.
O começo de tudo
Mariana relembra como foi o início da atividade e revela que não sabia fazer nem mesmo um bolo. “Nunca tomei curso, tudo o que aprendi foi pelo Youtube, qualquer tipo de produto que eu venda hoje, que você vê no meu site foi pelo Youtube que eu aprendi. Nunca tinha batido um bolo na vida.”, explica Mariana, que conta com o incentivo da sua irmã e do pai da sua filha nessa jornada.
A confeiteira de 36 anos também conta sobre a dificuldade de ser mãe e ao mesmo tempo empreendedora. “Eu sustento a mim, a minha casa e a minha filha, que vai fazer 4 anos. Eu continuei fazendo tudo com ela, ela pequeninha, nunca deixei de fazer entregas, tudo sou eu que faço.”, afirma.
Verusca Priscilla dos Santos Silva, de 31 anos, é outro exemplo de dedicação e superação. Advogada de formação, deixou a advocacia para ser confeiteira. Verusca criou a empresa Amora Doçaria Artesanal e desde então divulga e vende seus produtos por meio do Instagram. Verusca revela que sua jornada na confeitaria começou por acaso, mas mesmo diante do fracasso, persistiu. “No início é difícil, mas ao longo do tempo você entende que faz parte do processo e usa ele a seu favor para te fazer crescer.”, conta.
Donas do negócio
De acordo com Verusca, a relação com os clientes e a qualidade dos produtos são o diferencial da sua marca e devido a isso, o trabalho do empreendedor nunca acaba. Existe o antes, o durante e o depois. É necessário fazer uma boa divulgação dos produtos, ter uma rede social ativa, organizada, cumprir os prazos de entrega e oferecer produtos de qualidade, para que o Feedback seja sempre positivo e claro, fidelizar os clientes já existentes e cativar novos.
“Atuo em todas as áreas! Administrativa, produção, gerência de insumos, vendas/marketing, atendimento ao cliente, entre outros, diz Verusca, aos risos.”
Uma das clientes fiéis da Amora Doçaria Artesanal é Renata Portela dos Santos, de 38 anos, que é Gerente Administrativa e conheceu a empresa por meio de uma amiga. "Sempre sou recebida com muita atenção e carinho, além das várias vezes que fiz um pedido um dia para ser entregue no dia seguinte e ela prontamente me atendeu.”, conta a Administradora, que revela sua satisfação com o serviço e que afirma recomendar a empresa para todos que conhece.
As redes sociais são ferramentas extremamente úteis para o empreendedor nos dias atuais, pelo fato de conseguir atingir milhões de pessoas em pouquíssimo tempo. E de acordo com o relato de Suzete Santos, de 33 anos, que é Contadora e foi colega de trabalho de Verusca ainda quando a mesma atuava na Advocacia, notamos o poder que essas ferramentas possuem. “Apesar de já ter sido colega de trabalho da proprietária da Amora, somente fui conhecer o trabalho dela através das redes sociais. Cada bolo lindo e fiquei esperando a oportunidade de fazer a minha primeira encomenda, que foram os bolos de pote.”, afirma Suzete.
O empreendedorismo feminino já é uma realidade e mostra que muitas mulheres, apesar das suas formações acadêmicas, condições sociais e financeiras, conseguem se superar e se reinventar. São mulheres, mães, muitas vezes sozinhas, que não possuem ajuda de sócios, mas conseguem empreender, tornando uma simples ideia, em um negócio de sucesso.
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