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É possível vender autoestima?

  • engajaaiempreended
  • May 24, 2021
  • 3 min read

Updated: May 25, 2021

Mon Intimité leva aceitação e empoderamento feminino através de lingeries.

“Você tem o poder de ser extraordinária todos os dias!”


Modelo posa para a Mon Intimité (Fonte: Instagram @mon.intimite)


Por Valéria Cardoso



Para entender como a história de Clara Emili (23) pode inspirar você, é preciso vagar primeiro pelo cenário estético e social estabelecido nos dias atuais, principalmente no mundo da moda. Basta uma olhada nas capas das revistas mais famosas e em passarelas mundo afora, e vamos perceber que o padrão mais aceito é homogêneo, plastificado, maquiado demais. No que diz respeito a lingeries, a maior e mais lembrada referência é a Victoria 's Secret, com suas Angel' s altas, magras, de traços finos... Modelos difíceis demais de alcançar. Então, como nós, meras mortais, podemos olhar para estes corpos perfeitos e tentar projetar uma peça que em nós não ficaria do mesmo jeito?

Foi na dificuldade de encontrar uma loja de lingeries com a qual se identificassem, que a estudante de nutrição, Clara Emili, e sua irmã gêmea, Clara Elen, decidiram criar a Mon Intimité. Um dos diferenciais da loja, além dos conjuntos que imprimem personalidades que vão desde as mais ousadas até as mais recatadas, é a oferta de peças sem bojo - problema pelo qual Emili se queixava sempre em suas aquisições em outras lojas-, para “brincar” com a sensualidade e possibilidades que cada corpo tem.

Após anos de experiência com vendas em grandes lojas de departamento, Emili fez a proposta de negócio para a gêmea, que só topou por causa do produto a ser vendido. “Ela disse: “Se for algo muito comum, não dá pra mim”, aí a gente decidiu lingeries por causa disso, porque era uma dificuldade que nós duas tínhamos, encontrar lingeries", afirmou a varejista. A princípio, as duas inauguraram a marca com apenas 20 peças, vendendo virtualmente.

A jovem relembra como era sua relação com seu próprio corpo, e como o uso de lingeries a ajudou a se aceitar do jeito que é. “Quem nos conhece, sabe que eu e minha irmã sempre fomos muito complexadas com relação ao nosso corpo, sempre buscamos muito a magreza, o padrão, ter um corpo perfeito. Nunca estivemos satisfeitas. Conhecemos uma loja que foi referência pra gente, compramos uma lingerie cada e, quando nos olhamos no espelho, a gente começou a se aceitar mais”, revelou.

É possível vender autoestima? Esse discurso de aceitação acompanha as vendas quando as clientes procuram a Mon Intimité. “Quando as meninas entram em contato e eu digo: “O que você acha dessa lingerie?”, e elas dizem: “Ah, mas eu sou gordinha.”, eu respondo: “O que é que tem? Vista, se olhe no espelho, você é linda!”. Por isso a frase da nossa loja é: Você tem o poder de ser extraordinária todos os dias! Essa é nossa ideia”, disse ela.

O empoderamento presente no conceito de sua marca, para além da estética, precisou ser trabalhado também em habilidades como a de liderar. Enquanto irmã mais nova, ainda por cima gêmea, é natural que Emili se sinta ofuscada de vez em quando por sua parceira de nascimento. “Apesar da pouca idade, eu venho desenvolvendo um espírito de liderança. Minha irmã sempre teve isso e eu ficava um pouco pra trás. Agora que tenho planos de alavancar meu negócio, venho estudando mais ainda e me sinto capaz”, relatou, para depois completar com uma meta estabelecida: “Daqui um ano ou dois, quero uma loja física, ou até mesmo continuar com essa virtual, mas ser referência aqui na região”.

Clara Emili a direita, Clara Elen a esquerda

(Fonte: Instagram @clara_emili_).







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